sábado, 3 de setembro de 2011

AMANHÃ

Amor é grito,
Grito gritado,
Grito estridente que tem aversão a razão,
Grito do grilo,
Grito do sapo,
Grito que insiste em perturbar a calmaria de uma vida pacata.
Talvez sem tal sentimento o mundo nada mais seria que uma imensidão de nada,
Talvez sem amor  não houvesse dor
Ou talvez houvesse dor demais, quem sabe?
Se quem o desconhece ama inconscientemente,
Seria, o amor, uma das tantas condições de estar vivo?
Ontem eu escrevi uma carta de dez folhas
Mas a  razão fez com que eu a queimasse ao invés de mandar  para você.


divagação

A noite chuvosa era agradável,porém incapaz de atenuar  a dor sentida pelo  poeta que,da janela de seu quarto, bradava aos sete ventos:
-Ó velho anseio adormecido,
Tão indefeso, tão sem emoção,
Espero que não tente acordar
Se isto vier a acontecer,
O banco e a corda estão logo ali,
E então chegará a minha vez de adormecer.